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A Faculdade de Ciências de Saúde (FCS) da Universidade Lúrio (UniLúrio) acolheu nesta segunda-feira, 24 de Setembro, uma palestra de abertura das Jornadas Científicas 2018, sob tema “Multidisciplinaridade como fonte para melhorar a saúde da comunidade”, orientada pelo Director do Hospital Central de Maputo (HCM), Mouzinho Saíde, na Sala Magna do Campus Universitário de Marrere.

Falando no evento, Mouzinho Saíde, Director do HCM, fez menção do facto de a UniLúrio estar a crescer no panorama académico e científico do país, aliado ao crescente número de estudantes e à qualidade de ensino.

Mouzinho Saíde defende que “os profissionais devem responder as necessidades do povo e do desenvolvimento”, e que os recursos humanos são o maior investimento que uma instituição pode fazer, e estes devem estar aliados ao conhecimento para impulsionar o desenvolvimento em todas as perspectivas.

Convicto de que o conhecimento gere desenvolvimento, mudança e transformação da sociedade, o Director do HCM olha para uma sociedade mais justa e desenvolvida, na qual existe inovação, partilha e disseminação do conhecimento, para que se promova mais socialização.

“Uma universidade que não gere conhecimento mutila uma das suas grandes funções: produzir conhecimento” – assegura Saíde, que defende a divulgação do conhecimento em todas as formas possíveis.

Mouzinho Saíde considera que a UniLúrio tem-se revelado líder no relacionamento com a comunidade através dos seus programas, como por exemplo “um estudante, uma família”, os quais têm sido uma alavanca nas mudanças do comportamento.

“O envolvimento das comunidades é um dos pilares do desenvolvimento do conhecimento. Na saúde não se podem implementar medidas sem o envolvimento das comunidades, tendo em conta os seus valores, crenças e tradições”, assegura o palestrante.

Olhando para o lema das Jordanas Científicas “Multidisciplinaridade como fonte para melhorar a saúde da comunidade”, o palestrante disse não ser possível um único sector resolver os problemas sociais. “É preciso que vários sectores se envolvam na luta”, pois é preciso multidisciplinaridade, envolvimento e análise de todos factores e áreas para que se possam encontrar soluções dos diversos problemas que apoquentam a sociedade.

Convicto de que a informação é fundamental para a melhoria da saúde e da qualidade de vida das populações, o Director disse que “a saúde é resultado da produção social. É resultado de como nos organizamos e como organizamos a sociedade. Depende também de como a globalização está a influenciar na mudança de comportamentos sociais”, daí que desafia a todos para a inclusão da saúde em todas as políticas, engajando os líderes a todos os níveis, para o alcance do bem-estar social.

Francisco Noa, Magnífico Reitor da UniLúrio, começou a sua intervenção sublinhando que “fazemos as jornadas científicas porque quando falamos em ciência, estamos a falar da essência de uma universidade. Tal essência é a produção do conhecimento”.

O Reitor destacou o papel que os docentes e estudantes desempenham rumo a uma UniLúrio mais engajada na promoção e partilha do conhecimento, uma vez que a universidade tem a ciência como base de sua existência. Aliás, Noa explica que “queremo-nos destacar pela capacidade de produção e difusão de conhecimento”.

Tendo em conta o facto de o século 21 ser o “século do conhecimento”, o Reitor diz que “falamos de jornadas científicas porque uma das suas funções é concorrer para o desenvolvimento do conhecimento”, pois, “quando investimos no conhecimento concorremos para o desenvolvimento da sociedade”.

Segundo Francisco Noa, “não é possível haver progresso se não haver acesso ao conhecimento”, daí que acredita que as jornadas vão trazer novos desafios no que se refere ao acesso e divulgação do conhecimento.

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