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Arrancou a conferência sobre Ritos de Iniciação

Iniciou, nesta quarta-feira, 28 de Novembro, no Campus Universitário de Marrere, a Conferência sobre Ritos de Iniciação: Impactos culturais e socioeconómicos, organizado pela Universidade Lúrio (UniLúrio), em parceria com a Universidade Católica de Moçambique (UCM).

Com objectivos de reavaliar as principais políticas, estratégias e iniciativas relativas a educação do rapaz e da rapariga em Moçambique; a conferência, vai até amanha, 29 de Novembro, analisar os factores culturais e legais inerentes à sexualidade e saúde reprodutiva da rapariga, analisar os impactos socioeconómicos dos ritos de iniciação na rapariga, na família e na sociedade; abrir linhas de pesquisa científica sistemática sobre ritos de iniciação, impacto e relevância; assim como propor caminhos que assegurem o desenvolvimento integral e harmonioso da rapariga e o reconhecimento do seu papel social.

  

Falando na ocasião, o Magnífico Reitor da UniLúrio, Prof. Doutor Francisco Noa, disse que a conferência significa o envolvimento da universidade numa reflexão mais profunda sobre os diversos impactos e vertentes dos ritos de iniciação, procurando, de forma conjunta trazer mecanismos para preservar os direitos da rapariga e dos rapazes, que muitas vezes tem sofrido impactos directos. Tal pensamento fundamenta-se na ideia de que falar sobre o tema, em alusão, significa envolver todas camadas sociais, desde académicos, políticos, sociedade civil e os demais, na reflexão sobre os destinos das sociedades africanas, em particular de Moçambique, como forma de, não só desmitificar certos costumes, mas também desafiar comunidades para que sejam, positivamente, actores de mudança e que usem dos ritos para moldar um pensamento construtivo, que ajude a perspectivar a nação, em todas as perspectivas.

Francisco Noa, ciente de que a conferência poderá permitir a criação de novas linhas de pesquisa, disse ser importante que a academia seja um palco para repensar a vida das comunidades, usando-se da ciência para construir um novo indivíduo que possa remodelar a esfera social, impactando, para o melhor, o crescimento do país. Tal perspectiva, surge fundamentando-se na ideia de que a prática dos ritos é também uma forma de educação do rapaz e rapariga, por isso urge a necessidade de conjuntamente olhar-se para mecanismos para salvaguardar as liberdades e direitos individuais dos envolvidos.

  

Por outro lado, o Vice – Reitor da UCM, Prof. Doutor Armindo Tambo, em representação do seu Reitor, disse que realizar uma conferência deste âmbito significa procurar soluções saudáveis em prol de um fenómeno social que, enquanto uns defendem que tem travado o desenvolvimento sustentável, outros defendem a necessidade das suas práticas, por estas ajudarem muitas famílias, tribos e comunidades a se manterem política, moral e socialmente unidas e coesas.

Armindo Tambo, considerando ser um enorme desafio falar sobre os Ritos de Iniciação, mencionou o facto de Moçambique ser o 10º país do mundo com a taxa mais elevada de casamentos prematuros, citando dados do Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) que indicam que 48% das mulheres com idade compreendida entre 20 e 24 anos, casaram-se antes dos 18 anos de idade e 14% casaram-se antes dos 15 anos.

Olhar para dados estatísticos foi uma forma usada pelo Vice - Reitor da UCM para discutir sobre a necessidade de definirem-se linhas de pesquisa sistemática sobre ritos de iniciação, tendo em consideração o seu impacto e relevância, assim como propor caminhos que assegurem o desenvolvimento integral e harmonioso da rapariga e o reconhecimento do seu papel social.

Segundo o Representante do Governador de Nampula, John Geraldo Nguma, quem congratulou-se com a UniLúrio e a UCM, pelo evento, falar dos ritos de iniciação é mexer num problema social, tendo em conta o facto de, por exemplo, no norte do país, uma em cada duas raparigas casar-se antes dos 18 anos, segundo a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros.

John Geraldo Nguma, mencionado o facto de Nampula ser uma das províncias com mais prática, disse que a conferência acontece numa altura em que Nampula assiste cerimónias de ritos de iniciação, de ambos sexos, uma vez que os alunos encontram-se praticamente em período de férias.

  

Mesmo considerando os Ritos de Iniciação uma prática inquestionável e irrevogável, Nguma disse que o Governo Provincial está e continua preocupado pela forma como os ritos são conduzidos, tendo em conta os factores que concorrem para a desvalorização da rapariga em Moçambique.

Como desafio, o Representante de Victor Borges, Governador de Nampula, espera que, na conferência, sejam discutidos factores culturais e legais inerentes à sexualidade e saúde reprodutiva da rapariga, os elementos culturais favoráveis e desfavoráveis que concorrem para o desenvolvimento integral da rapariga, assim como os caminhos que assegurem o desenvolvimento da mesma.

                                     

Para Guilherme João Inácio, em Representação do presidente do Município de Nampula, Paulo Vahanle, os ritos de iniciação visam integração pessoal, social e cultural do indivíduo e permite reunir múltiplas influências do seu meio para em seguida integrá-las na sua maneira de pensar, de agir e de se comportar.

“Os objectivos destas cerimónias é de preparar os rapazes e raparigas para a vida matrimonial e social” – explicou.

Guilherme Inácio olhou para os ritos de iniciação como forma de colocar na mesa de debate a necessidade de se reflectir em volta dos materiais usados nas cerimónias dos ritos, que muitas das vezes podem colocar os rapazes, em particular, no risco de contrair doenças infecciosas, com destaque para o HIV/SIDA.

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