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“A UniLúrio veio com a mentalidade certa” - Jair Carneiro, Professor na UFPE

Apostar num ensino cada vez mais inclusivo, que paute pela excelência, aliado a capacitação dos docentes, tem sido um lema e objectivo fundamental que a Universidade Lúrio (UniLúrio) sempre coloca na mesa do debate, de forma que os profissionais que nela se formarem, não só saibam servir à sociedade, como também usar-se do conhecimento para as boas relações sociais, pois é também nisso que se fundamenta o real exercício da cidadania.

É mesmo pensando nessa perspectiva, que olhando para os factores mobilidade e intercâmbios, a UniLúrio mantem nos últimos tempos laços com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), virados para uma cooperação que seja efectivamente frutífera para os dois lados, permitindo que os docentes estejam cada vez mais ligados ao conhecimento e técnicas para melhor dinamização dos seus trabalhos e/ou pesquisas.

Do laço UniLúrio – UFPE, a instituição dirigida por Francisco Noa, recebeu recentemente uma visita de Jair Carneiro Leão, Professor Titular do Curso de Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco, com quem o Departamento de Comunicação e Imagem (DCI) teve o privilégio de conversar. Convidamos-lhe a acompanhar a nossa (breve) entrevista:

Departamento de Comunicação e Imagem (DCI): Pode nos falar em volta da sua visita a Universidade Lúrio (UniLúrio)?

Jair Carneiro (JC): Fazemos parte de um programa de pós-graduação que há algum tempo está mantido no conceito bom. A pós-graduação no Brasil é dividida entre o conceito “regular”, “bom”, “muito bom” e nível de excelência. Um dos nossos objectivos é fazer com que o nosso programa de pós-graduação atinja o conceito “muito bom”.

Um dos critérios para atingir esse nível [muito bom] tem a ver com a questão da internacionalização. Percebemos que existe a necessidade de nos “solidarizarmos” com outras instituições que estão menos consolidadas do que a nossa e que possam, de alguma maneira, receber a nossa ajuda. Por isso que decidimos visitar a UniLúrio para oferecer nossos serviços, nossa pós-graduação para os professores interessados.

DCI: Em que perspectivas se poderá consolidar a cooperação UniLúrio - UFPE?

JC: Existe um convénio firmado entre o Reitor da UniLúrio, Prof. Doutor Francisco Noa, e o Reitor da UFPE, Anísio Brasileiro. Tal convénio tem validade até este ano, mas passível de ser renovado. Da nossa parte há interesse em renovar o acordo.

DCI: Há linhas de pesquisas identificadas, nas quais se irá nortear este período de cooperação?

JC: Ainda não debatemos sobre temas de pesquisa que sejam de interesse mútuo. Mas acredito que havendo um nível de conhecimento pouco estudado em relação a saúde oral da população local, esse pode ser um “pontapé” inicial no que pode vir a ser nossa colaboração. Obviamente existem doenças em comum, como o caso da cárie dentária, mas existem também doenças do tecido mole da boca, manifestações orais de pacientes com HIV. Esse é um tema particularmente muito importante para minha área de actuação e sendo um problema em Moçambique, essa pode ser também uma outra área que no futuro podemos desenvolver pesquisas.

DCI: Olhando para o intercâmbio e mobilidade entre as duas universidades, que dados nos pode avançar, no que concerne ao período no qual os laços de cooperação tem sido mantidos?

JC: Está prevista a ida de um Professor, Dr. Alarquia Saíde, da UniLúrio, para o programa de pós-graduação em Odontologia. Existem outros dois docentes que vão fazer Doutoramento no programa de saúde da criança e do adolescente. No sentido oposto, já existe interesse demonstrado da UniLúrio para que venham Professores das áreas de farmácia para dar capacitação aos docentes locais.

Existe um contacto feito com o coordenador de pós-graduação na área de farmácia, o que significa que os dois lados estão conectados para prolongar as formações.

DCI: Como analisa o calor do norte de Moçambique e os factores de relação interpessoal, olhando para a recepção que teve na UniLúrio?

JC: De onde eu venho a temperatura é muito parecida [com a daqui]. Em termos de calor humano, a relação interpessoal, a hospitalidade do povo moçambicano parece com a nossa, por se tratar de um povo amigável e próximo. Isso facilita a relação de profissionais.

DCI: Pôde visitar os nossos laboratórios?

JC: Antes de vir a Moçambique li a respeito. Me impressiona, sabendo que o sul do país é mais desenvolvido, o compromisso do governo com estabelecimento de uma instituição deste porte, nesta região do país, porque considero crucial para o desenvolvimento regional.

DCI: Qual é o olhar dos laboratórios, tendo em conta o objectivo que lhe traz a Moçambique, na UniLúrio, concretamente?

JC: O mais importante do que a infra-estrutura são os recursos humanos. Mesmo sendo um grupo jovem, percebi que carregam consigo um sentimento de busca pela excelência. Na conversa que tive com grupo de professores, sugeri que já existem mentes críticas, dentro do curso da Medicina Dentária, para ser iniciado um mestrado o mais breve possível.

DCI: Como analisa o factor construção do conhecimento novo ao nível das universidades, podendo fazer um breve olhar nas brasileiras, em particular?

JC: Penso que a construção do novo conhecimento é baseada na inter-relação universidade - sociedade. No passado, durante muito tempo, as universidades fecharam os seus muros a sociedade, imaginando que elas produziam conhecimento e quem determinava o conhecimento a ser feito eram as próprias universidades. A globalização e a internacionalização permitiram que universidades abrissem suas portas e interagissem com a sociedade, de forma mais afectiva, o que permitiu que o conhecimento fosse gerado de forma mais produtiva, obedecendo e respeitando as necessidades da população local.

Olhando para a UniLúrio, em particular, que está representada na zona norte, posso dizer que veio com a mentalidade correcta, de interagir com os arranjos produtivos locais e formar, transmitindo conhecimento, na perspectiva de mudança das realidades, nas quais está representada pelas faculdades.

Jair Carneiro Leão é Professor Titular do Curso de Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco; Coordenador pela segunda vez do Programa de Pós-Graduação em Odontologia; Membro da Academia Pernambucana de Ciências e Membro da Câmara de Saúde da FACEPE. Ao nível internacional é Honorary Professor da University College London e Diplomat da European Association of Oral Medicine. Graduado em Odontologia pela UFPE em 1990, fez o Mestrado, Doutorado e por duas vezes Pós-Doutorado no Eastman Dental Institute da Universidade de Londres em 2004 e 2012 e no ano de 2011 recebeu o prêmio Medalha Pannaim como Estomatologista do ano do Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral (SOBEP) no biênio 2009-2010 e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPE de 2006 a 2010 período em que o nível do Programa subiu de 3 para 4 e que foi iniciado o Doutorado em Odontologia. Foi ainda Chefe do Departamento de Clínica e Odontologia Preventiva de 2010 a 2012. A produção intelectual inclui aproximadamente uma dezena de capítulos de livros publicados na língua inglesa e mais de 100 artigos científicos listados na base de dados Pubmed, com Índice H de 17 na base Scopus.

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