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"Cancro tem cura, mas é preciso descobrir-se cedo" - Delaila Taju

        Delaila Taju

Na sequência da onda "Outubro cor de Rosa", a Universidade Lúrio (UniLúrio) abriu as portas, nesta sexta-feira, 25 de Outubro, para público diverso, desde a comunidade académica e demais interessados, para discutir sobre o cancro da mama - um tópico que tem preocupado grandemente a sociedade mundial, com mais particularidade para Moçambique,  por causa do índice consideravelmente elevado de mulheres que tem sido vítima daquela doença.

   

O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário, sendo muito frequente nas mulheres, podendo também atingir os homens. É mesmo pela preocupação em mitigar os problemas causados pela doença, difundindo mais informações, que, para além da exposição fotográfica "Delaila", a UniLúrio organizou, junto de parceiros, uma palestra com vista a consciencializar a sociedade sobre as diversas abordagens referentes ao cancro da mama.

  

Falando no encontro, o Magnífico Reitor, Professor Francisco Noa, começou explicando que "somos uma universidade com uma enorme responsabilidade social, daí que todo trabalho que realizamos é para o desenvolvimento social e económico do norte de Moçambique. Esse desenvolvimento faz-se com pessoas, por isso acolher um tema do género (cancro da mama) é estratégico, para criar bases para mudanças de comportamento e de pensamento".

Francisco noa acredita que um dos grandes desafios que temos abraçado  tem a ver com a questão da humanização da saúde. Tal pensamento fundamenta-se na ideia segunda a qual a experiência da Delaila, "será uma experiência inspiradora, no sentido de as mulheres perceberem que podem ser donas do seu destino".

  

"Durante décadas o cancro foi e continua sendo visto como uma fatalidade, mas o exemplo da Delaila nos prova que é sim possível ultrapassar barreiras, medos, e com o suporte dos que nos rodeiam,  é sim possível vencer a doença" - concluiu, reforçando que "a experiência da Delaila é mais que uma experiência clínica" porque carrega consigo desafios sociais, emocionais e que sempre vão precisar de um suporte para continuar firme na luta contra a doença.

  

Olhando, de forma breve, para alguns números, avançados pelo Director da Faculdade de Ciências de Saúde (FCS), Celso Belo, pode se perceber que em todo o mundo o cancro de mama é o cancro mais comummente associado a morte em mulheres, com cerca de 372,000 mortes por ano, com uma estimativa de diagnostico de 1,35 milhões de casos novos, sendo que cerca de 4,4 milhões de mulheres vivem com cancro de mama.

Falando em volta da exposição com seu primeiro nome, Delaila Taju disse ser preciso tomar o problema do cancro da mama como um problema urgente, até porque "não é uma escolha ter cancro da mama", daí a necessidade de se fazer com que o "Outubro rosa" não seja apenas levado com mais seriedade no mês de Outubro.

Tecendo comentários em volta da sua superação e luta contra o estigma, Delaila Taju faz uma análise desta que chama de "uma sociedade crítica", na qual dificilmente encontra-se motivações para, "facilmente", vencer-se a doença, por causa dos estereótipos existentes. Ademais, a necessidade de se fazer rastreamentos activos do cancro consiste, para Delaila, um imperativo para identificar-se novos possíveis casos e ajudar pessoas a aderirem ao tratamento.

"A minha historia começa em Agosto de 2017 quando eu decidi fazer o "toque" - aí percebi que existia na minha mama esquerda um nodulo e esse nodulo foi diagnosticado como um câncer, um tumor maligno. Pelo tipo de cancro que [eu] tinha fui exposta uma cirurgia para a remoção da mama (esquerda) e o tratamento adequado era a quimioterapia - que fiz durante um ano e três meses" - narrou Delaila, tendo ainda explicado que teve de passar por 27 sessões de quimioterapia, tendo começado em Outubro de 2017 e terminado em Janeiro de 2019.

                                               

Olhando para o apoio psicológico, social e familiar, Delaila disse que o apoio da família e amigos foi fundamental. Mas mais do que isso, nos explicou que o apoio emocional foi o mais fundamental "porque receber um diagnostico deste não é fácil, assim como não é enfrentar o tratamento. Eu me sentia muito fragilizada, não só emocionalmente, como financeiro".

Explicando as motivações que a levaram a quebrar o silêncio, Delaila Taju explica: "porque durante este processo todo senti e passei pelo preconceito, pelo tabu, porque o cancro ainda é um estigma na sociedade. Senti que precisava fazer alguma coisa para contribuir para que as pessoas passem a olhar a doença de forma diferente. Ninguém escolhe ter cancro".

'Temos que quebrar essas barreiras. Uma mulher sem uma mama não deixa de ser mulher. A nossa família, amigos devem estar presentes e ajudar a quem sofre da doença a superar" - finaliza, em forma de conselho à sociedade para mudança de comportamento.

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