O evento realizado nesta sexta-feira, 03 de Agosto, no Campus Universitário de Marrere, juntou profissionais de instituições públicas e privadas baseadas na cidade de Nampula, e insere-se nas celebrações da semana do “Aleitamento Materno” em curso no país, de 01 a 07 de Agosto.

Na ocasião, foi enaltecida a necessidade de divulgação e cumprimento da lei que concede a licença laboral às parturientes, uma vez que maior parte destas se vê obrigada a ir trabalhar, em detrimento de cuidar dos seus bebés, após a gestação.

“Em Moçambique, 55 por cento das crianças fazem o aleitamento materno exclusivo durante os seis meses de vida. A taxa a nível da província de Nampula é de 21.8 por cento de crianças. Isso revela que, maior parte das crianças está ou poderá sofrer de desnutrição.” – Referiu na ocasião, Malverno Sueleque, responsável provincial de nutrição, na Direcção Provincial de Saúde de Nampula, dando alusão ao fraco aleitamento materno à recém-nascidos.

Refira-se que, a dificuldade em amamentar bebés se regista mais nos centros urbanos, com destaque nas empresas e residências privadas, onde o patronato exige o cumprimento de metas em detrimento de conceder dispensas às mães trabalhadoras.

O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses, o bebé receba somente leite materno, sem necessidade de sumos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebé alimentar-se do leite materno, melhor é a saúde deste e da mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis.

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interacção profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, sua habilidade de defesa contra infecções, sua fisiologia e seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

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